terça-feira, 11 de junho de 2013

Livre !

A voz não tem som...
Mas continuava a falar

Os olhos sem brilho...
Ainda enxergavam

A pele petrificada...
Ainda arrepiava-se com o toque do calor do sol,
assim como  o ouvido  já ensurdecido de todos os ruidos
escutava  o gemido do vento

Ainda que paralizada, continuava a correr
Corria  em direção a suavidade de uma leveza que não existia
numa busca incansavel, que lhe desafiava 
e lhe permitiria seguir para um outro lugar,
cada vez mais distante
cada vez mais rapido se deslocava
sem mover-se continuava
na direção da liberdade
a liberdade de  ser livre de si mesmo