-Muda ou morre!!!
Em um tom forte e suave, alto e firme sem transparecer furia,mas sem douçura.
-Porque falas assim, querer me fazer chorar?
Eram palavras engasgadas em lágrimas prestes a serem joradas.
-Ao contrario, quero te salvar!
Não havia nenhuma expressão de dúvida, era um desenho esboçado entre a lingua e os lábios.
-Estou sofrendo demais, e tenho medo, eu não sei o que fazer!
Poderia ter sido um apelo ou uma súplica desesperada.
-Muda ou morre!!!
Dessa vez era mais forte, agudo quase uma trovoada,sem demonstrar qualquer sentimetalismo!
-Se eu morrer quero minhas cinzas jogdas do alto do Himalaia!
Tentou ser engraçada, dar um ar casual a ameaça.
-Estúpida! A morte não é uma poesia rimada, apenas a ti enganas!
Estava desaparecendo , era agora uma bruma, algo que não estava tão nítido...
-Muda ou morre!!!
Ecoava em uma distância quase impossível de ser escutada, motores, aceleravam, trovões e raios, ao longe uma conhecida melodia de Julieta Venegas e Marisa Monte (Illusion), se confundia com a sombria Sarah Britgman (Tu quieres volver), e muito ao longe se repetia a ordem:
-Muda ou morre!!!
Desperta... com o corpo trêmulo, encharcado de suor febril,passavam das três da madrugada, e uma mensagem no messenger a despertara...
-Muda ou morre!!!
