A voz não tem som...
Mas continuava a falar
Os olhos sem brilho...
Ainda enxergavam
A pele petrificada...
Ainda arrepiava-se com o toque do calor do sol,
assim como o ouvido já ensurdecido de todos os ruidos
escutava o gemido do vento
Ainda que paralizada, continuava a correr
Corria em direção a suavidade de uma leveza que não existia
numa busca incansavel, que lhe desafiava
e lhe permitiria seguir para um outro lugar,
cada vez mais distante
cada vez mais rapido se deslocava
sem mover-se continuava
na direção da liberdade
a liberdade de ser livre de si mesmo